Bombeiros resgatam seis corpos no Morro do Juramento, no Rio

 

Operação foi checar denúncia de famílias de desaparecidos.
Vítimas teriam sido encontradas dentro de sacos em pedreira.

Do G1, no Rio, com informações do Fantástico

Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) e agentes do Corpo de Bombeiros resgataram neste domingo seis corpos encontrados numa pedreira no Morro do Juramento, no subúrbio do Rio. A operação começou depois de uma denúncia de amigos de dois jovens desaparecidos de que os dois poderiam estar no local.
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“Tivemos um registro na delegacia, na sexta-feira (18) de um rapaz que saiu de casa na terça (15) e não retornou. Mas só o Instituto Médico Legal é que vai poder ajudar no reconhecimento”, explicou o delegado da 27ª DP (Vicente de Carvalho).
Segundo ele, por conta da falta de identificação, a polícia ainda não sabe se as vítimas teriam ou não envolvimento com o tráfico de drogas ou antecedentes criminais. Na comunidade, moradores afirmam que ainda há outros corpos no local, mas a polícia não confirma. Os corpos foram encontrados ensacados.

Pai reconhece filho

Para o comerciante Adelson Duarte, no entanto, não há dúvidas. Ele acompanhou as buscas e reconheceu entre os corpos o filho Adilson, de 18 anos, que namorava uma jovem do Juramento. Morador da comunidade Furquim Mendes, dominada por uma facção criminosa rival à que atua no juramento, ele teria sido confundido com alguém da quadrilha que tenta invadir o morro.
“Pelo vestuário dele, a calça, o tênis dele, a camisa. O rosto está deformado, com muito tiro, não dá pra ver. Pela roupa que ele saiu de casa, com certeza. O coração de pai não vai enganar”, desabafou Adelson, que afirma que o filho não tem envolvimento com criminosos.

 

Quatro mortos no início da semana

A área do Juramento é disputada atualmente por três facções rivais, segundo a polícia. No início da semana, quatro homens morreram durante uma operação policial no morro.

De acordo com a polícia, eles seriam criminosos. Na ocasião, três escolas e duas creches municipais foram fechadas por motivo de segurança e mais de 1.100 alunos ficaram sem aulas.
O policiamento na comunidade está intensificado desde a última quarta-feira (16). Pelo menos cinco policiais ficaram feridos desde o início dos confrontos. Dois repórteres cinematográficos, da TV Bandeirantes e da TV Record também tiveram ferimentos por estilhaços de bala.
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